segunda-feira, 24 de outubro de 2022

RELATO HISTÓRICO DO CINE LOURIMAR

 RELATO HISTÓRICO DO CINE LOURIMAR

Hei ai o ponto básico do referido relato histórico. Desde minha idade média que sonhava com o ramo de cinema, o tempo foi passando e nos anos 60 vim de José da Penha-RN morar em Pau dos Ferros-RN, até aí não tinha qualquer pretensão em termos de comércio

Quando aconteceu que o Dr. Ubirajara e seu sócio Vicente Dias, um funcionário do DNOCS, instalaram um cinema neste prédio onde hoje funciona um supermercado, então deram o nome de MARROU, depois de 8 meses não gostando do ramo, fui abordado quando passava pela calçada do cinema, pelo Senhor Vicente Dias.

- Louro Fontes, quer comprar este cinema. Respondi:

- Vou pensar no caso e logo responderei algo a respeito.

Fui para casa e combinei com a família e todos acharam de bem. Com os dois sócios entramos em contrato no referido negócio, foi ligeiro, comprei por Cr$ 34.000.00(trinta e quatro mil cruzeiros) moeda que circulavam na época, foi negócio avista.

Vejamos bem, quando eu comprei achei de bem que  deveria mudar de nome, bolei como mudar da seguinte Maneira: meu nome LOURIVAL e minha esposa Marta, daí vem as duas silabas do meu nome LOURI e uma sílaba do nome dela MAR, completando assim o nome do cinema LOURIMAR. Até porque o meu filho mais novo tem o sobrenome LOURIMAR e com este cinema foi registrado oficialmente com base nas leis do país.

Como e do conhecimento histórico, cinema é 7ª arte. Toquei o barco com um negócio que não tinha a mínima experiência, mas como sempre fui um homem realista, enfrentei todos os obstáculos que o ramo oferecia. Inclusive pagando aluguel do prédio que depois de um ano, também comprei, com isso tudo bem, a coisa já melhorou bastante.

Dando continuidade o primeiro filme a ser exibido foi DJANGO, um bangue-bangue italiano que deu bilheteria razoável e assim passaram-se 14 anos, não era um negócio tão bom, mas dava uma ajuda na  minha sobrevivência. Outrossim, o preço do ingresso era um cruzeiro, para adulto e a metade para estudantes e crianças. Sendo que havia muita exigência na censura dos filmes.

Tudo isto encarava com a divida tranquilidade, nunca tinha o pensamento de sair do ramo, mas a verdade, abaixo de Deus, o tempo é quem muda em tudo.

Daí surgiu a televisão e bem rápido veio uma queda violenta na renda e logo, posteriormente veio o vídeo cassete. Com isso acabou de completar um forte prejuízo, mesmo assim fiquei um ano funcionando precariamente , pensando que poderia, depois, com o tempo, ter condições de dar continuidade, mas foi o contrário, sempre de ruim, a pior nas rendas. Para concluir fui obrigado a fechar, perdendo integralmente. Logo depois fiz reforma no prédio e aluguei a uma rede de supermercado, que está fazendo 14 anos e tudo vem dando certo.

Descrita por LOURIVAL DE OLIVEIRA FONTES

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LOURIVAL DE OLIVEIRA FONTES

  Lourival Fontes, natural de José da Penha, Estado do Rio Grande do Norte, nasceu em   17 de setembro de 1923 e faleceu em 02 de setembro...