RELATO HISTÓRICO DO CINE LOURIMAR
Hei ai o ponto básico do referido relato histórico. Desde
minha idade média que sonhava com o ramo de cinema, o tempo foi passando e nos
anos 60 vim de José da Penha-RN morar em Pau dos Ferros-RN, até aí não tinha
qualquer pretensão em termos de comércio
Quando aconteceu que o Dr. Ubirajara e seu sócio Vicente
Dias, um funcionário do DNOCS, instalaram um cinema neste prédio onde hoje
funciona um supermercado, então deram o nome de MARROU, depois de 8 meses não
gostando do ramo, fui abordado quando passava pela calçada do cinema, pelo
Senhor Vicente Dias.
- Louro Fontes, quer comprar este cinema. Respondi:
- Vou pensar no caso e logo responderei algo a respeito.
Fui para casa e combinei com a família e todos acharam de
bem. Com os dois sócios entramos em contrato no referido negócio, foi ligeiro,
comprei por Cr$ 34.000.00(trinta e quatro mil cruzeiros) moeda que circulavam
na época, foi negócio avista.
Vejamos bem, quando eu comprei achei de bem que deveria mudar de nome, bolei como mudar da
seguinte Maneira: meu nome LOURIVAL e minha esposa Marta, daí vem as duas
silabas do meu nome LOURI e uma sílaba do nome dela MAR, completando assim o
nome do cinema LOURIMAR. Até porque o meu filho mais novo tem o sobrenome
LOURIMAR e com este cinema foi registrado oficialmente com base nas leis do país.
Como e do conhecimento histórico, cinema é 7ª arte. Toquei o
barco com um negócio que não tinha a mínima experiência, mas como sempre fui um
homem realista, enfrentei todos os obstáculos que o ramo oferecia. Inclusive
pagando aluguel do prédio que depois de um ano, também comprei, com isso tudo
bem, a coisa já melhorou bastante.
Dando continuidade o primeiro filme a ser exibido foi DJANGO,
um bangue-bangue italiano que deu bilheteria razoável e assim passaram-se 14
anos, não era um negócio tão bom, mas dava uma ajuda na minha sobrevivência. Outrossim, o preço do
ingresso era um cruzeiro, para adulto e a metade para estudantes e crianças.
Sendo que havia muita exigência na censura dos filmes.
Tudo isto encarava com a divida tranquilidade, nunca tinha o
pensamento de sair do ramo, mas a verdade, abaixo de Deus, o tempo é quem muda
em tudo.
Daí surgiu a televisão e bem rápido veio uma queda violenta
na renda e logo, posteriormente veio o vídeo cassete. Com isso acabou de
completar um forte prejuízo, mesmo assim fiquei um ano funcionando precariamente
, pensando que poderia, depois, com o tempo, ter condições de dar continuidade,
mas foi o contrário, sempre de ruim, a pior nas rendas. Para concluir fui
obrigado a fechar, perdendo integralmente. Logo depois fiz reforma no prédio e aluguei
a uma rede de supermercado, que está fazendo 14 anos e tudo vem dando certo.
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