segunda-feira, 24 de outubro de 2022

LOURIVAL DE OLIVEIRA FONTES

 



Lourival Fontes, natural de José da Penha, Estado do Rio Grande do Norte, nasceu em  17 de setembro de 1923 e faleceu em 02 de setembro de 2002. De tradicional família do alto Oeste Potiguar, casado com Dona Marta e pai dos seguintes filhos: José Fontes, Graças Fontes, Martinha Fontes, Alaíde Fontes, Domizeth Fontes, Luzimar Fontes e Lourival Fontes.

Lourival Fontes, o intelectual, o poeta, o cronista. Aquele que se tornaria, anos depois, uma força viva e vibrante, em Pau dos Ferros e região do Alto Oeste do Rio Grande do Norte, graças ao seu acentuado e persistente  pioneirismo.

Pioneirismo em diversas atividades, em diferentes modos de ser em inusitados e costumes que colocavam acima do que seu acentuado corriqueiro e comum. Sempre foi inovador e criativo.

Pau dos Ferros, hoje, faz parte do seu universo. Ali, fundou morada, plantou sementes que deram bons frutos, engrandecendo-a  com presença marcante.

Poeta de fina e profunda sensibilidade, criando peças literária no estilo cordeliano. Em alguns momentos de um lirismo envolvente e contagiante, e em outros, cânticos nostálgicos e de evocações sentimentais e de profunda sublimação humana

O livro OS SONHOS DE UM POETA, exterioriza-se a sua profunda sensibilidade e o seu contagiante  lirismo, além das crônicas, em estilo leve e escorreito, prendendo, pelo narrativo da algumas, que as lê.

Canta-se ali através de poesias bem elaborada, na cadência de verso cordelistas, o ser humano, a vida e seus elementos interiores, a beleza da natureza, a singeleza e a pureza daqueles que são sangue do seu sangue, como ele próprio afirmava

Pequenas coisas, através  de sua poesia tomavam coloridos, conotações e elementos sentimentais de profunda interioridade, misturando-se a simplicidade de uma casa com a beleza espargida pelo rimo dos versos, que demonstram arraigado sentimento nostálgico

RELATO HISTÓRICO DO CINE LOURIMAR

 RELATO HISTÓRICO DO CINE LOURIMAR

Hei ai o ponto básico do referido relato histórico. Desde minha idade média que sonhava com o ramo de cinema, o tempo foi passando e nos anos 60 vim de José da Penha-RN morar em Pau dos Ferros-RN, até aí não tinha qualquer pretensão em termos de comércio

Quando aconteceu que o Dr. Ubirajara e seu sócio Vicente Dias, um funcionário do DNOCS, instalaram um cinema neste prédio onde hoje funciona um supermercado, então deram o nome de MARROU, depois de 8 meses não gostando do ramo, fui abordado quando passava pela calçada do cinema, pelo Senhor Vicente Dias.

- Louro Fontes, quer comprar este cinema. Respondi:

- Vou pensar no caso e logo responderei algo a respeito.

Fui para casa e combinei com a família e todos acharam de bem. Com os dois sócios entramos em contrato no referido negócio, foi ligeiro, comprei por Cr$ 34.000.00(trinta e quatro mil cruzeiros) moeda que circulavam na época, foi negócio avista.

Vejamos bem, quando eu comprei achei de bem que  deveria mudar de nome, bolei como mudar da seguinte Maneira: meu nome LOURIVAL e minha esposa Marta, daí vem as duas silabas do meu nome LOURI e uma sílaba do nome dela MAR, completando assim o nome do cinema LOURIMAR. Até porque o meu filho mais novo tem o sobrenome LOURIMAR e com este cinema foi registrado oficialmente com base nas leis do país.

Como e do conhecimento histórico, cinema é 7ª arte. Toquei o barco com um negócio que não tinha a mínima experiência, mas como sempre fui um homem realista, enfrentei todos os obstáculos que o ramo oferecia. Inclusive pagando aluguel do prédio que depois de um ano, também comprei, com isso tudo bem, a coisa já melhorou bastante.

Dando continuidade o primeiro filme a ser exibido foi DJANGO, um bangue-bangue italiano que deu bilheteria razoável e assim passaram-se 14 anos, não era um negócio tão bom, mas dava uma ajuda na  minha sobrevivência. Outrossim, o preço do ingresso era um cruzeiro, para adulto e a metade para estudantes e crianças. Sendo que havia muita exigência na censura dos filmes.

Tudo isto encarava com a divida tranquilidade, nunca tinha o pensamento de sair do ramo, mas a verdade, abaixo de Deus, o tempo é quem muda em tudo.

Daí surgiu a televisão e bem rápido veio uma queda violenta na renda e logo, posteriormente veio o vídeo cassete. Com isso acabou de completar um forte prejuízo, mesmo assim fiquei um ano funcionando precariamente , pensando que poderia, depois, com o tempo, ter condições de dar continuidade, mas foi o contrário, sempre de ruim, a pior nas rendas. Para concluir fui obrigado a fechar, perdendo integralmente. Logo depois fiz reforma no prédio e aluguei a uma rede de supermercado, que está fazendo 14 anos e tudo vem dando certo.

Descrita por LOURIVAL DE OLIVEIRA FONTES

LOURIVAL DE OLIVEIRA FONTES

  Lourival Fontes, natural de José da Penha, Estado do Rio Grande do Norte, nasceu em   17 de setembro de 1923 e faleceu em 02 de setembro...